quinta-feira, 24 de março de 2011

Em cinquenta e três minutos? Hum..

Eu quereria gastar esses minutos com as pessoas mais importantes da minha vida e a fazer aquilo que mais me dá prazer. Não gastaria a jogar computador ou a ver televisão, ou coisas do género, isso faço eu demasiado tempo por semana, isso sim, um desperdício de tempo.
Sendo assim, estaria 10 minutos com o meu namorado. Daria para matar as saudades que existem sempre depois de uns breves segundos de distância; Aproveitaria para falar um pouco com ele, porque é sempre bom conversar, pois o diálogo é a base de uma relação, seja qual ela for; Ahh e para ver aquele sorriso encantador que ele traz sempre no rosto e que me deixa sempre muito feliz; esses minutos passados a lado dele também serviriam para me alegrar e completar o dia.
 Estaria 15 com os meus pais, talvez a contar-lhes como foi a minha semana, dizer-lhes o quanto gosto deles, discutir algum problema ou mesmo na brincadeira. Era importante estes 15 minutos, pois apesar de nós sermos uma família bastante unida e com uma grande relação, mais um tempinho de convivência só faz com que os laços se fortaleçam ainda mais, nada melhor que um momento familiar, é sempre tão especial, eles escutam-me, e eu escuto-os a eles e entendemo-nos assim, eles ficam ocorrentes da minha vida de adolescente e eu fico a par dos problemas dos “adultos”, aprendemos assim uns com os outros, eles sentem que podem confiar em mim por eu desabafar com eles, e eu sinto-me a crescer porque eles partilham experiencias comigo.
Como não poderia deixar de falar, o meu irmão teria de fazer parte do programa, então parece-me bem uns 10 minutos para lhe chatear, hum… acho que iria aproveitar para atrofiar com ele, fazer aquelas brincadeiras de irmãos que só nós sabemos fazê-las, ou passaríamos esse tempo a contar episódios do nosso dia-a-dia ou umas piadas para nos rirmos como perdidos.
Tirava nem que fosse uns 10 minutos para dedicar tempo às minhas avós, então nesta fase da vida, cada vez mais curta, infelizmente, quanto mais tempo junto delas melhor, pois não se sabe o dia de amanha e elas necessitam muito de atenção, nem que seja para contar como era a vida delas antigamente, mesmo assim, mesmo tornando-se um pouco chato de se estar sempre a ouvir, tiro sempre daquelas conversas uma lição de vida e fico com uma vontade enorme de estudar para não ter que sofrer tanto como elas sofreram quando eram ainda activas.
Os últimos 8 minutos, guardei-os para os meus amigos, está certo que em 8 minutos não dá para grande coisa, mas não posso esticar mais… por isso, aproveitava o tempo para lhes dizer o papel fundamental que têm na minha vida, reconhecia então, o lugar que eles me ocupam no coração, a alegria que me dão, os amigos especiais que são. Fica muito “bonitinho” dizer “este é o meu melhor amigo e aquele também!” Há que saber reconhecer, concordo, mas tantas vezes se usa esse termo só porque fica bem, não pelo sentimento, não pela pessoa, mas porque se é atraído a dizer isso. Em 8 minutos dir-lhes-ia que eles são amigos sim, mas não porque fica bem, mas sim porque o merecem ouvir, porque sempre estiveram ao meu lado.

Trabalho de Moral, 10ano.

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