segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ly avô.

Avô, eu não me esqueci de ti, apenas ontem não tive cabeça para escrever. És um segundo pai e eu sei que estás a olhar por mim. Fazes-me imensa falta, mas eu só consigo lembrar-me de ti e sorrir, porque só me lembro das alegrias que me deste. Estou aqui na sala e está aqui uma moldura com a tua fotografia, que por acaso fui eu que ofereci à mãe um natal destes. A moldura brilha por tudo o quanto é lado, e quando eu olho para lá só vejo entrelinhas e o teu sorriso discreto. Se há pessoas que me fazem ficar emocionada, uma delas és tu. Nunca, mas nunca mais me irei esquecer do nosso último abraço, naquela cama de hospital. NUNCA. Como é que é possível estares já a prever uma despedida? Incrível. Nunca sofri tanto com uma morte como sofri com a tua. Mas não foi o sofrimento do momento em que soube, é um sofrimento diário, é eu ter saudades e saber que não as posso matar. Lembro-me tantas vezes ti e gosto tanto de ti. 

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